terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sílvio de Abreu

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Sílvio de Abreu nasceu em São Paulo, capital, em 20 de dezembro de 1942. Eis aqui o que ele fala sobre ele mesmo:

"O início de minha carreira em televisão, ainda como ator, foi na Rede Tupi em 1966 quando fiz um pequeno papel nos primeiros capítulos na novela CIÚMES de Thalma de Oliveira, dirigida por Benjamim Cattan. Contracenava então com Cacilda Becker o que foi uma imensa honra. Naquela época estava de viagem marcada para Nova Iorque onde cursei o Actor’s Studios, mas antes da viagem trabalhei em vários "TV de Vanguarda" incluindo duas super-produções que eram encenadas em teatro e depois gravadas para o programa: "Antigone" de Sófocles no Teatro Municipal de São Paulo com Aracy Balabanian e Laura Cardoso e "A Alma Boa de Setsuan" de Bertold Brecht com Maria Della Costa, ambos com direção também de Benjamim Cattan.

Antes de ingressar na televisão já havia atuado em vários espetáculos teatrais como "Vereda da Salvação" de Jorge Andrade, "A Ópera dos Três Vinténs" de Bertold Brecht, "O Círculo de Champagne" de Abílio Pereira de Almeida, "Tchin-Tchin" de François Billedoux e havia provado também o gostinho de estar por detrás do espetáculo sendo assistente de direção de um mestre, Antonio Abujamra em várias encenações. A TV Tupi, na época, ainda era a maior produtora de teledramaturgia do país, mas estava prestes a perder o lugar para a TV Excelsior, onde passei a trabalhar depois que voltei de Nova Iorque. "O Grande Segredo", novela de Marcos Rey com direção de Walter Avancini foi minha estréia na emissora. Era também um pequeno papel, mas já iria ficar a novela toda o que era um ganho.


Outras seguiram como "A Muralha" e "Os Estranhos", ambas de Ivani Ribeiro. Foi trabalhando como ator nestas duas novelas que comecei a me interessar pelo texto que vinha de Ivani e, mesmo sem ter a menor pretensão de algum dia vir a escrever novelas, tinha imenso prazer em ficar lendo e analisando como aquelas histórias eram apresentadas em capítulos para o público.

Costumo dizer que minha grande mestra em teledramaturgia foi Ivani Ribeiro e foi mesmo porque sem nunca ter tido, na época, uma conversa sequer com ela, aprendi meu oficio estudando seus scripts. Com o fechamento da TV Excelsior, a maioria de seus artistas migrou para a Rede Globo, no Rio de Janeiro.


Antes de seguir a tendência, participei da novela "Os Miseráveis", de Walter Negrão, baseada em Victor Hugo e dirigida pelo grande homem de teatro Ademar Guerra, na inauguração da TV Bandeirantes. Depois, na TV Globo, fiz um ótimo e divertido personagem em "A Próxima Atração", novela de Walter Negrão, com Sergio Cardoso e Tônia Carrero. Convidado pelo próprio Walter Negrão, voltei para São Paulo e na TV Record participei, com o mesmo papel da novela da Globo, de "Editora Mayo, Bom Dia", onde conheci Carlos Manga, que dirigia a novela, de quem me tornei assistente e desistindo da apática carreira de ator me fixei em direção e posteriormente passei a escrever. Manga me levou para o cinema e juntos fizemos o roteiro de "Gente Que Transa", o primeiro filme que dirigi. Seguiram-se outros trabalhos como "Assim era a Atlântida" um documentário sobre as chanchadas dos anos 50 e "O Marginal", onde fui diretor assistente dele.


Depois, em vôo solo dirigi outros filmes como "Cada Um Dá O Que Tem", "Elas São do Baralho", "A Árvore dos Sexos" e "Mulher Objeto", em todos além da direção me encarregava também do roteiro. Em 1977 Antonio Abujamra e Roberto Talma, que passaram a dirigir a TV Tupi, chamaram a mim e ao meu parceiro nos roteiros cinematográficos, o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, para que pensássemos em uma novela para a emissora. Estreamos em julho de 1977 com uma adaptação do livro de Maria José Dupret, "Éramos Seis" estrelada por Nicette Bruno e Gianfrancesco Guarnieri. O sucesso veio rápido e ambos recebemos ofertas da Rede Globo onde estreei em 1978 com a novela "Pecado Rasgado", protagonizada por Aracy Balabanian e Juca de Oliveira. Com o término da novela, idealizei o formato do Telecurso Segundo Grau para a TV Globo e TV Cultura em parceria, onde escrevia e dirigia as aulas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.


Também escrevi por um período o programa de Hebe Camargo para a TV Bandeirante. Voltei às novelas para terminar "Plumas e Paetês", novela de Cassiano Gabus Mendes e em seguida desenvolvi uma idéia de Janete Clair para a novela JOGO DA VIDA. No rastro vieram "Guerra dos Sexos", "Vereda Tropical", "Cambalacho", "Sassaricando", "Rainha da Sucata", "A Próxima Vítima", "Torre de Babel", "A Incrível Batalha das Filhas da Mãe no Jardim de Éden" e "Belíssima"."

E nós dizemos sobre ele: Silvio de Abreu é um dos maiores nomes da teledramaturgia nacional. E é o mais paulistano deles. Suas características aparecem em todos os seus trabalhos e fazem sucesso. O público se envolve, pois Silvio, que foi ator, assistente de direção, diretor e viveu com profundidade o clima quente, tenso, amoroso e nervoso dos estúdios de televisão, quando passou a escritor, já o fez com sucesso: "Éramos Seis", em parceria com Rubens Ewald Filho.

Foi logo tomado pela euforia da "criação", passando a considerar "apática" sua vida de ator. Nascia o autor caloroso e criativo. E em suas criações colocou não apenas a verdade, o cerne dos personagens, sempre reais, Colocou humorismo, colocou também "mistério", situações indefinidas, enfim, suspense. E assim Silvio de Abreu aumentou seu próprio valor e transformou-se em um dos melhores autores nacionais de teledramaturgia. Seus trabalhos logo emplacam, caminham e terminam com sucesso, pois o moço paulistano é realmente um mestre em escrever e encantar.


Fonte: http://biografias.netsaber.com.br


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