quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Dalva de Oliveira

Dalva de Oliveira
a Rainha do Rádio

Dalva de Oliveira, nasceu em 5 de maio de 1917, no município de Rio Claro, São Paulo. Sua carreira começou, ainda, criança quando acompanhava o pai, que tinha um conjunto "Os Batutas” e em cima de um banquinho cantava músicas românticas em serestas.

Foi com o falecimento do pai que para ajudar no sustento da família, mambembeou por algumas cidades do interior de Minas Gerais, até chegar ao Rio de janeiro.

No Largo da Cancela, em São Cristóvão, conheceu a dupla “Preta e Branco”, composta por Nilo Chagas e Herivelto Martins (com quem se casou e teve dois filhos, Pery e Bily), juntou-se a eles formando O Trio de Ouro fazendo enorme sucesso.

Em 1937, o Trio gravou seu primeiro disco na RCA Victor, com as músicas Itaquari e Ceci e Peri, de Príncipe Pretinho, e arranjos de Herivelto Martins. O disco fez tanto sucesso que foram contratados pela Rádio Mayrink Veiga, e ao se apresentarem no programa de César Ladeira receberam o batismo de "Trio de Ouro", nome pelo qual o conjunto foi chamado até o final de 1949.

Foi em fins de 1949, quando excursionavam pela Venezuela, que o Trio acabou. Dalva não fez por menos. Veio descendo e cantando, sempre acompanhada do maestro Vicente Paiva; até regressar ao Rio de Janeiro. Começando, então, sua carreira solo, e o Herivelto formou um novo trio, primeiro com Noemi Cavalcante, depois com Lourdinha Bittencourt.

Errei sim, Ave Maria, Olhos verdes, A grande verdade, Ave Maria no morro foram alguns dos inúmeros sucessos, que eram aplaudidos, até, pelos músicos ao fim das gravações.

Excursionou pelo Brasil, sendo, anunciada como a “Rainha da Voz, sempre fazendo grande sucesso, por onde passava. Dai, logo viajou para a Europa, com contratos para se apresentar em Espanha e Inglaterra, onde cantou para a Rainha Elizabeth, dois dias antes de ser coroada. Devido a grande repercussão, Dalva teve que ficar por mais dois meses fazendo shows, o que lhe rendeu a gravação de um L.P. (disco da época) com Roberto Inglez. Pela primeira vez, uma cantora brasileira se aventurava a ir à Europa, fazia sucesso e chegava a gravar. Tão logo, o disco chegou ao Brasil, estourou em todas as paradas de sucesso, tendo vendido, em apenas uma semana, setenta mil cópias”.

Ao retornar ao Brasil, Dalva quase não consegue sair do navio, uma multidão foi esperá-la. Mal teve tempo de descansar, pois logo fez outra excursão, desta vez pela América do Sul. No Chile, foi agraciada com o título "Madrinha dos Músicos do Chile"; em Buenos Aires, gravou o tango Lencinho Querido, com a orquestra de Francisco Cantaro, o número um em tangos. Na época; no Uruguai, gravou alguns fados, com a orquestra de Rodrigues Faurri.

Em 1965, sofreu um terrível acidente de carro, deixando-a sem cantar por alguns meses. Restabelecida, com a voz de sempre, com seus trinados, falsetes, agudos maravilhosos e com suas interpretações, como só ela sabia fazer, Dalva fez sucesso, até mesmo no meio dos mais jovens.

Morreu em 30 de agosto de 1972, de uma hemorragia no esôfago, deixando como herança o fascínio que exerceu sobre o seu público e a influência sobre cantoras do porte de Elizeth Cardoso, Ângela Maria e Elis Regina.

Fonte: http://www.memorialdobrasil.com.br

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