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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Augusto Severo de Albuquerque Maranhão


Augusto Severo de Albuquerque Maranhão (Macaíba, Rio Grande do Norte, 11 de janeiro de 1864 - Paris, França, 12 de maio de 1902) foi um político, jornalista, inventor e aeronauta brasileiro.


Augusto Severo de Albuquerque Maranhão foi o oitavo dos quatorze filhos do pernambucano Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão (1827-1896) e da paraibana Feliciana Maria da Silva de Albuquerque Maranhão (1832-1893). Realizou seus estudos primários em Macaíba, e os secundários no Colégio Abílio César Borges, em Salvador (BA). Em 1880, viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Império, e iniciou seus estudos de engenharia na Escola Politécnica.


Os primeiros projetos aeronáuticos

Motivado pelos trabalhos em aerostação do inventor paraense Júlio César Ribeiro de Souza, que apresentou um projeto de dirigível ao Instituto Politécnico Brasileiro em 1881, Severo passou a se interessar pelo voo, realizando observação de aves planadoras e construindo pequenos modelos de pipas, uma das quais denominou Albatroz. Em 1882, passou a lecionar matemática no Ginásio Norte Riograndense, de propriedade de seu irmão Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, acumulando a função de vice-diretor.

No ano seguinte o ginásio fechou e Severo dedicou-se ao comércio, primeiro como guarda-livros da empresa Guararapes e mais tarde, seguindo os conselhos de seu irmão Adelino, associou-se à firma A. Maranhão & Cia. Importadora e Exportadora até 1892. Em 1888, casou-se com a pernambucana Maria Amélia Teixeira de Araújo (1861-1896), com quem teve cinco filhos. No ano seguinte passou a escrever artigos para o jornal A República, anti-monárquico, do irmão Pedro Velho e projetou um dirigível que incorporava ideias revolucionárias, o Potyguarania, que, porém, nunca chegou a ser construído.

Política

Em 1892 Augusto Severo abandonou de vez a carreira comercial para dedicar-se à política, onde lhe estava reservado o mais honroso papel. Eleito deputado ao Congresso constituinte que organizou o Estado, teve, em 1893, de preencher a vaga aberta na Câmara dos Deputados Federais pela eleição do Dr. Pedro Velho para o cargo de governador do Estado do Rio Grande do Norte.

A passagem de Augusto Severo pelo parlamento brasileiro ficou assinalada por muitos projetos que viraram leis no país, por trabalhos importantíssimos nas comissões de orçamento, de tarifas, de marinha, sobretudo nesta, onde revelou conhecimentos náuticos que o fizeram autoridade na matéria, chegando muitas vezes a ser apontado para o cargo de ministro da marinha, com o aplauso da ilustre corporação da armada nacional. Defendeu projetos relativos ao saneamento público, assistência à infância, proteção aos operários dos arsenais.


O dirigível Bartholomeu de Gusmão

Em outubro de 1892, ouvida a opinião favorável de abalizados professores da Escola Politécnica, concedeu o Governo um auxílio pecuniário para que Augusto Severo de Albuquerque Maranhão pudesse mandar fazer na Europa um aeróstato dirigível de sua invenção que incorporava as ideias que havia desenvolvido anteriormente. A esse aeróstato deu o nome de Bartholomeu de Gusmão, em homenagem ao inventor brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão, que apresentou em 1709, diante da corte portuguesa, um pequeno balão de ar quente. O dirigível Bartolomeu de Gusmão introduzia um conceito novo. Era um aparelho semirrígido, em que o grupo propulsor estava integrado ao invólucro através de uma complexa estrutura trapeizodal em treliça. O invólucro foi encomendado à Casa Lachambre, a principal firma de Paris especializada na construção de balões. Numa carta escrita da França e datada de 5 de dezembro de 1893, Maranhão explicou os princípios da aeronave:


O Bartholomeu de Gusmão sendo experimentado em 7 de março de 1894, no Realendo (Rio de Janeiro, Brasil).

"Estabeleceu como princípio a ciência que a navegação aérea dependia da possibilidade de se obter a justaposição dos centros de tração e resistência. Com efeito, produz esta justaposição uma diminuição considerável de resistência e faz desaparecerem as rotações perturbadoras do movimento do aeróstato, rotações que se dão quando a força propulsiva não se acha colocada sobre a resultante das resistências desenvolvidas. Ora, foi essa justaposição que consegui obter no meu aeróstato. As características do meu invento, denominado 'Sistema Potiguarânia', são estas: 1a. Os meios empregados para fazer coincidir a força de propulsão com a resultante das resistências, pela combinação de um aeróstato, de forma ovóide, e de uma carcaça sólida, de metal ou de qualquer outra matéria, cuja haste superior se vá apoiar no fundo de um bolso, feito em todo o comprimento do aeróstato, e que sustenta, de um lado a hélice, e posto no prolongamento da referida haste, e do outro a barquinha e os demais órgãos. 2a. A disposição especial do leme, também sustentado pela carcaça sólida, e formado de duas asas que, na ocasião da subida do aeróstato, ficam verticalmente para não dificultarem a ascensão. Estou inteiramente convencido de que governarei o meu 'Bartholomeu Dias' [sic] com uma velocidade de 15 a 20m/s, podendo aumentá-la até 50m/s. O meu sistema já está privilegiado em França. Conto chegar ao Rio em fevereiro para fazer aí a primeira experiência pública do meu invento."


O balão, de cerca de 2.000m3, medindo 60m de comprimento, chegou ao Brasil em março de 1893. A estrutura em treliça, inicialmente projetada para ser executada em alumínio, foi construída no campo de tiro de Realengo(RJ), assim como a montagem de uma usina para a produção de hidrogênio. A falta do material previsto para construção da estrutura fez com que Severo alterasse o projeto, construindo a parte rígida do aparelho em bambu. Tratava-se de uma estrutura complexa que deveria suportar o motor elétrico com as baterias e os tripulantes e, além disso, apresentar resistência suficiente para aguentar os esforços durante o voo.


Só em 1894 o Bartholomeu de Gusmão realizou as primeiras ascensões ainda como balão cativo e mostrou-se estável e equilibrado, demonstrando que a concepção proposta por Severo era adequada para o voo. A introdução de uma estrutura semirrígida integrada ao balão permitia que a hélice propulsora ficasse alinhada ao eixo longitudinal do invólucro, evitando assim que o aparelho apresentasse uma tendência de levantar a frente quando o motor fosse acionado. Este problema, conhecido como tangagem, comprometia o equilíbrio e reduzia substancialmente a velocidade. Mas no único voo do dirigível livre das amarras, a estrutura em bambu não aguentou os esforços e se partiu.

Novos inventos

Em 19 de abril de 1896, no Rio de Janeiro, pediu patente para um “turbo-motor com expansões múltiplas e continuadas”, concedida no dia seguinte, às 12h40min (n 2.940). Em 20 de outubro desse ano sua mulher faleceu, após o que Augusto Severo iniciou um relacionamento amoroso com Natália de Siqueira Cossini, de origem italiana, com a qual teria dois filhos. Em 27 de julho de 1899, no Rio de Janeiro, Severo patenteou um novo balão dirigível, o Paz (posteriormente o nome foi latinizado para "Pax"), e em 23 de julho de 1901, uma "máquina a vapor rotativa e reversível", com a qual os navios poderiam atingir velocidades maiores.

O dirigível Pax

Em fins de 1901, Severo licenciou-se da Câmara para se dedicar à construção do novo dirigível que inventou, o Pax. Este novo dirigível era um desenvolvimento do seu anterior, o Bartholomeu de Gusmão, e Severo introduziu uma grande quantidade de inovações: abandonou o leme de direção e introduziu ao todo sete hélices: uma na popa, outra na proa, outra na barquinha e quatro laterais. Manteve a sua ideia de se fazer uma aeronave integrando a quilha que levava os tripulantes e o grupo motor ao balão. Sem ter conseguido qualquer auxílio externo, Maranhão teve que assumir toda a despesa para a construção. Pretendia usar motores elétricos, mas a falta de recursos e de tempo fez com que ele optasse por dois motores a petróleo tipo Buchet, um com 24v e o outro com 16cv. O invólucro tinha a capacidade de 2.500m3 de hidrogênio, com 30m de comprimento e 12 no maior diâmetro. O aparelho pesava cerca de duas toneladas. Os ensaios foram realizados nos dias 4 e 7 de maio de 1902 com sucesso.

Morte

No dia 12 de maio de 1902, tendo como mecânico de bordo o francês Georges Saché, o Pax iniciou seu voo às 5h30min saindo da estação de Vaugirard, Paris. Elevou-se rapidamente atingindo cerca de 400 metros. Realizou diversas evoluções que mostraram aos inúmeros espectadores que as ideias de Severo estavam corretas. Cerca de dez minutos após o início do voo, o Pax explodiu violentamente, projetando os dois tripulantes para o solo. Severo e Sachet morreram na queda. Os restos do dirigível caíram na Avenida du Maine, Paris, diante de uma grande multidão que seguia com interesse a demonstração. A catástrofe do Pax teve um impacto enorme. Natália, que assistiu a queda, não se recuperou e, após retornar ao Brasil, suicidou-se com um tiro no coração em 23 de junho de 1908, aos 30 anos de idade. A configuração proposta por Severo, de um dirigível semirrígido, foi revolucionária e influenciou o desenvolvimento dos dirigíveis nas décadas seguintes.


Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Carl Ludwig

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Carl Friedrich Wilhelm Ludwig (Witzenhausen, 29 de dezembro de 1816 — Leipzig, 23 de abril de 1895) foi um fisiologista alemão.

Estudou em Erlangen e em Marburg, onde ensinou anatomia e fisiologia até 1849. Depois, lecionou em Zurique, até 1855, morou em Viena e em 1865 foi para Leipzig, onde fundou o Instituto de Fisiologia.

Ludwig inventou muitos aparelhos que o auxiliaram em pesquisas de fisiologia, entre os quais uma adaptação do quimógrafo de Thomas Young, que permitiu registrar os gráficos de pressão arterial e dos movimentos respiratórios. Inventou também uma bomba de sangue que permitiu pesquisas sobre os gases dissolvidos no sangue e na linfa. Esse mesmo invento ajudou estudos sobre trocas gasosas em músculos vivos e sobre a função das substâncias oxidantes no sangue.

No ano de 1844 Ludwig concluiu um estudo sobre a formação da urina e da linfa. Em 1866, descobriu o nervo depressor do coração e, logo a seguir, o nervo acelerador. A partir disso, estudou a ação de várias drogas sobre o coração. Enquanto estudava a pressão dos vasos capilares, localizou o centro vasomotor da medula.

Ludwig também estudou a coagulação sanguínea e foi o primeiro a demosntrar que as glândulas do sistema digestivo são controladas pelo sistema nervoso.


Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Thomas Alva Edison

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11/03/1847, Milan, Ohio (EUA
18/10/1931, West Orange, Nova Jersey (EUA)

John Krusei, chefe das oficinas do laboratório de Menlo Park, em 1877, apostou com seu chefe uma caixa de charutos que aquilo não funcionaria. Para ele, Thomas Alva Edison só podia estar brincando quando disse que o tubo metálico com uma espécie de funil serviria para repetir quaisquer palavras ditas nele. Para provar, Edison girou o cilindro e cantou dentro do funil: "Maria tinha um carneirinho." A sua voz fez vibrar a membrana de pergaminho. Essa vibração comandou uma agulha que ia sulcando a superfície macia do estanho.

Em seguida, posto novamente para funcionar, o sulco do estanho vibrou a agulha e esta acionou a membrana de pergaminho que devolveu pelo funil: "Maria tinha um carneirinho." Assim, o ditafone recém-inventado deu a Edison uma caixa de charutos e outra patente. Ele registrou 1.093 delas, mas a maioria não era original, e sim, melhorias. Edison foi criticado por não compartilhar os seus créditos com os empregados.

O irlandês Samuel Edison, militante pela independência do Canadá, teve de fugir com a mulher, Nancy Elliot. Foi para a cidade de Milan, Ohio, onde nasceu Thomas a 11 de março de 1847. Na juventude, sem dinheiro, a inteligência ajudava Edison a arrumar e a perder empregos, pois não se conformava com a rotina. Queria inovar.

Durante o tempo passado como operador de telégrafo, ele criou um aparelho registrador de números e letras para mensagens telegráficas. Assim não teria de ouvir os sinais em código morse o tempo todo. Foi demitido, acusado de preguiça. Em 1869, vendeu o teletipo na Bolsa de Valores de Nova York por 40 mil dólares e os especuladores puderam ler as cotações mais rapidamente. Nas décadas seguintes, desenvolveu um meio de enviar duas e, depois, quatro mensagens simultâneas num mesmo cabo.

Da noite para o dia, ficou rico e abriu um laboratório de pesquisas que se tornou um precursor da tecnologia do século 20. Ao mesmo tempo, seu exemplo de empreendedor legou uma grande influência cultural sobre a nação. Sua maior invenção, porém, foi próprio laboratório criativo, onde uma coisa leva à outra. Ele acreditava que a experiência de lentas reelaborações da idéia e do aparelho sempre conduzia a resultados práticos decisivos.

O próprio Edison ficou admirado com fonógrafo. Por dez anos, o aparelho ficou de lado porque muita gente suspeitava da presença de algum ventríloquo escondido. Gradualmente, foram surgindo o gramofone e o disco sulcado que revolucionou a música. E esse desenvolvimento ajudou a orientar o aperfeiçoamento do telefone.

Em 1876, Menlo Park era uma cidade industrial, com oficinas, laboratórios e técnicos capacitados. Edison chegou a propor a meta de produzir uma novidade a cada dez dias. Por quatro anos, conseguiu uma criação a cada cinco dias.

Outros pesquisadores já haviam tentado, mas, em 1878, aos 31 anos, Edison decidiu obter luz a partir da energia elétrica. No ano seguinte, sua lâmpada brilhou por 48 horas contínuas e, nas festas do final de ano, uma rua inteira foi iluminada para demonstração pública.

Fonte: http://educacao.uol.com.br


Alberto Santos Dumont

Alberto Santos-Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873 no sítio Cabangu, no local que viria a ser o município de Palmira (hoje rebatizado em honra a ele), então um distrito de Barbacena, em Minas Gerais. Filho de Henrique Dumont, de ascendência francesa e engenheiro de obras públicas, e de Francisca Santos-Dumont, filha de uma tradicional família portuguesa.

Com Alberto ainda pequeno a família se mudou para Valença (atual município de Rio das Flores) e passou a se dedicar ao café. Em seguida seu pai comprou a Fazenda Andreúva a cerca de 20 km de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ali, o pai de Alberto logo percebeu o fascínio do filho pelas máquinas da fazenda e direcionou os estudos do rapaz para a mecânica, a física, a química e a eletricidade.

Em 1891, Alberto, então com 18 anos e emancipado, foi para a França completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar. Ao chegar em Paris, admirou-se com os motores de combustão que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis e comprou um para si. Logo Santos-Dumont estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis em Paris.

Com a morte do pai, um ano depois, o jovem Santos-Dumont sofreu um grande abalo emocional, mas continuou os estudos na Cidade-Luz. Em 1897 fez seu primeiro vôo num balão alugado. Um ano depois, subia ao céu no balão Brasil, construído por ele. Mas procurava a solução para o problema da dirigibilidade e propulsão dos balões. Projetou então o seu número 1, com forma de charuto, com hidrogênio e motor a gasolina.

Primeiro vôo


No dia 20 de setembro de 1898 realizou o primeiro vôo de um balão com propulsão própria.
No ano seguinte voou com os dirigíveis número 2 e número 3. O sucesso de Santos-Dumont chamou a atenção do milionário Henry Deutsch de la Muerte que no dia 24 de março de 1900 ofereceu um prêmio de cem mil francos a quem partisse de Saint Cloud, contornasse a torre Eiffel e retornasse ao ponto de partida em 30 minutos.

Santos-Dumont fez experiências com os números 4 e 5. Em 19 de outubro de 1901 cruzou a linha de chegada com o número 6, mas houve uma polêmica graças a um atraso de 29 segundos. Em 4 de novembro o Aeroclube da França declarou-o vencedor. Além do Prêmio Deutsch recebeu do presidente Campos Salles outro prêmio no mesmo valor e uma medalha de ouro.

Em 1902 o príncipe de Mônaco, Alberto 1º, ofereceu um hangar para ele fazer suas experiências no principado. Santos-Dumont continuou construindo seus dirigíveis. O numero 11 foi um bimotor com asas e o numero 12 parecia um helicóptero. Em 1906 foi instituída a Taça Archdeacon para um vôo mínimo de 25 metros com um aparelho mais pesado que o ar, com propulsão própria. O Aeroclube da França lançou o desafio para um vôo de 100 metros.

Com Edison e Roosevelt


Em abril de 1902 Santos Dumont viajou para os Estados Unidos onde visitou os laboratórios de Thomas Edison e foi recebido pelo presidente Theodore Roosevelt. Em 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, o 14-Bis voou por uma distância de 60 metros, a três metros de altura e conquistou a Taça Archdeacon. Uma multidão de testemunhas assistiu a proeza e no dia seguinte toda a imprensa louvou o fato histórico. O dinheiro do prêmio foi distribuído para seus operários e os pobres de Paris, como era o costume do inventor.

Em 12 de novembro de 1906, na quarta tentativa, conseguiu realizar um vôo de 220 metros, estabelecendo o primeiro recorde de distância e ganhando o Prêmio Aeroclube. Santos-Dumont não ficou satisfeito com os números 15 a 18 e construiu a série 19 a 22, de tamanho menor, chamadas Demoiselles.

Santos-Dumont recebeu diversas homenagens na Europa e nas Américas, em especial no Brasil, onde foi recebido com euforia. Como o brasileiro não patenteava suas invenções, seus projetos foram aperfeiçoados por outros como Voisin, Leon Delagrange, Blériot, Flarman.

Em 1909 ocorreram dois grandes eventos: a Semaine de Champagne, em Reims, o primeiro encontro aeronáutico do mundo e o desafio da travessia do Canal da Mancha. Nesse ano Santos-Dumont obteve o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França. Em 25 de julho de 1909, Blériot atravessou o canal da Mancha e foi parabenizado por carta pelo brasileiro.

Primeira Guerra Mundial


Cansado e com a saúde abalada, Santos-Dumont realizou seu último vôo em 18 de setembro de 1909. Depois fechou sua oficina e em 1910 retirou-se do convívio social. Em agosto de 1914, a França foi invadida pelas tropas alemãs. Era o início da Primeira Guerra Mundial. Aeroplanos começaram a ser usados na guerra e Santos Dumont amargurou-se ao ver sua invenção ser usada com finalidades bélicas.

Passou a se dedicar ao estudo da astronomia, residindo em Trouville, perto do mar. Em 1915, com a piora na sua saúde, decidiu retornar ao Brasil. No mesmo ano, participou do 11º Congresso Científico Panamericano nos Estados Unidos, tratando do tema da utilização do avião como forma de facilitar o relacionamento entre os países.

Já sofrendo com a depressão, encontrou refúgio em Petrópolis, onde projetou e construiu seu chalé "A Encantada": uma casa com diversas criações próprias, como um chuveiro de água quente e uma escada onde só se pode pisar primeiro com o pé direito. Permaneceu lá até 1922, quando visitou os amigos na França. Passou a se dividir entre Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis e Fazenda Cabangu, MG.

Em 1922, condecorou Anésia Pinheiro Machado, que durante as comemorações do centenário da independência do Brasil, fizera o percurso Rio de Janeiro-São Paulo num avião. Em janeiro de 1926, apelou à Liga das Nações para que se impedisse a utilização de aviões como armas de guerra. No mesmo ano, inventou um motor portátil para esquiadores, que facilitava a subida nas montanhas. Internou-se no sanatório Valmont-sur-Territet, na Suíça.

Em maio de 1927, chegou a ser convidado pelo Aeroclube da França para presidir o banquete em homenagem a Charles Lindberg, pela travessia do Atlântico, mas declinou do convite devido a seu estado de saúde. Passou algum tempo em convalescença em Glion, na Suíça e depois retornou à França.

Em 1928 veio ao Brasil no navio Capitão Arcona. A cidade do Rio de Janeiro tinha se preparado para recebê-lo festivamente. Mas o hidroavião que ia fazer a recepção, sobrevoando o navio onde estava, da empresa Condor Syndikat, e que fora batizado com seu nome, sofreu um acidente, sem sobreviventes. Abatido, Santos-Dumont retornou a Paris.

Legião de Honra

Em junho de 1930 foi condecorado com o título de Grande Oficial da Legião de Honra da França. Em 1931, esteve internado em casas de saúde em Biarritz, e em Ortez no sul da França. Antônio Prado Júnior, ex-prefeito do Rio de Janeiro, encontrou Santos-Dumont doente na França, o que o levou a entrar em contato com a família e a pedir ao sobrinho Jorge Dumont Villares que fosse buscar o tio.

De volta ao Brasil, passam por Araxá, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e finalmente no Guarujá, onde se instalou no Hotel La Plage, em maio de 1932. Antes, em junho de 1931 tinha sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

Em 1932, explodiu a Revolução Constitucionalista, quando o Estado de São Paulo se levantou contra o governo de Getúlio Vargas. Isso incomodava a Santos-Dumont, que lançou apelos para que não houvesse uma guerra civil. Mas aviões atacaram o campo de Marte, em São Paulo, no dia 23 de julho. Possivelmente esse fato pode ter piorado a angústia de Santos Dumont, que nesse dia, aproveitando-se da ausência de seu sobrinho, suicidou-se, aos 59 anos de idade, sem deixar descendentes.

Fonte: http://educacao.uol.com.br


 
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