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domingo, 7 de março de 2010

Camille Claudel



Escultora francesa (8/12/1864-19/10/1943). Camille-Rosalie Claudel, irmã do poeta Paul Claudel, nasce em Villeneuve-sur-Fère. Artista de reconhecido talento, colabora na obra do também escultor Auguste Rodin, com quem vive um romance de vários anos.

Em 1881 muda-se com a família para Paris. Entra para a Academia Colarossi, hoje Grande Chaumière, e três anos mais tarde vai estudar com Rodin. Em pouco tempo, torna-se assistente e amante do escultor. Suas obras, marcadas pelo lirismo e pela sensibilidade, concentram-se em bustos e figuras humanas nuas.

Dessa fase, o trabalho mais conhecido é a escultura Busto de Rodin. Acredita-se também que tenha feito figuras inteiras em vários projetos de Rodin, particularmente em A Porta do Inferno (a famosa escultura O Pensador é um detalhe dessa obra).

Em 1892 rompe o relacionamento com o escultor. A partir de 1898, recusa-se a exibir trabalhos antigos e busca um novo estilo. Em 1913 é internada à força no asilo de Ville-Évrard com problemas mentais. Durante os meses seguintes, manda cartas constantes para o irmão, nas quais revela suas angústias. No início de 1914 é transferida para o asilo Montdevergues, onde permanece até morrer.


Fonte: http://www.algosobre.com.br


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aleijadinho

O Aleijadinho, num retrato conjetural. Imagem: Alberto Taveira, intervenção sobre imagem de www.barroco.gctec.com.br
O Aleijadinho, num retrato conjetural.
Imagem: Alberto Taveira, intervenção sobre imagem de
www.barroco.gctec.com.br

ANTONIO FRANCISCO LISBOA

Reprodução da assinatura de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho

Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em Vila Rica, hoje Ouro Preto MG, por volta de 1730. Era filho natural de um mestre-de-obras português, Manuel Francisco Lisboa, um dos primeiros a atuar como arquiteto em Minas Gerais, e de uma escrava africana ou mestiça que se chamava Isabel.

A formação profissional e artística do Aleijadinho é atribuída a seus contatos com a atividade do pai e a oficina de um tio, Antônio Francisco Pombal, afamado entalhador de Vila Rica. Sua aprendizagem, além disso, terá sido facilitada por eventuais relações com o abridor de cunhos João Gomes Batista e o escultor e entalhador José Coelho de Noronha, autor de muitas obras em igrejas da região. Na educação formal, nunca cursou senão a escola primária.

O apelido que o celebrizou veio de enfermidade que contraiu por volta de 1777, que o foi aos poucos deformando e cuja exata natureza é objeto de controvérsias. Uns a apontam como sífilis, outros como lepra, outros ainda como tromboangeíte obliterante ou ulceração gangrenosa das mãos e dos pés. De concreto se sabe que ao perder os dedos dos pés ele passou a andar de joelhos, protegendo-os com dispositivos de couro, ou a se fazer carregar. Ao perder os dedos das mãos, passou a esculpir com o cinzel e o martelo amarrados aos punhos pelos ajudantes.

PRODUÇÃO ARTÍSTICA

O Aleijadinho tinha mais de sessenta anos quando, em Congonhas do Campo, realizou suas obras-primas: as estátuas em pedra-sabão dos 12 profetas (1800-1805), no adro da igreja, e as 66 figuras em cedro que compõem os passos da Via Crucis (1796), no espaço do santuário de Nosso Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

O Santuário do bom Jesus do Matosinhos é constituído por uma igreja em cujo adro estão as esculturas em pedra sabão de 12 profetas: Isaias, Jeremias, Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséias, Jonas, Joel, Abdias, Adacuque, Amós e Naum. Cada um desses personagens está numa posição diferente e executa gestos que se coordenam. Com isso, Aleijadinho conseguiu um resultado muito interessante, pois torna muito foret para o obervador a sugestão de que as figuras de pedra estão se movimentando.

Na ladeira que dá de frente para a igreja, compondo o conjunto arquitetônico do Santurário, foram construídas 6 capelas - 3 de cada lado - chamadas de Os Passos da Paixão de Cristo. Em cada uma delas um conjunto de esculturas - estátuas em tamanho natural - narram o momento da paixão de Cristo.

Toda sua extensa obra foi realizada em Minas Gerais e, além desses dois grandes conjuntos, cumpre citar outros trabalhos.

Certamente admirada em seus dias, já que as encomendas, vindas de vários pontos da província, nunca lhe faltaram, a obra do Aleijadinho caiu porém no esquecimento com o tempo, só voltando a despertar certo interesse após a biografia precursora de Rodrigo Bretãs (1858). O estudo atento dessa obra, como ponto culminante do barroco brasileiro, esperou mais tempo ainda para começar a ser feito, na esteira do movimento de valorização das coisas nacionais desencadeado pela Semana de Arte Moderna de 1922.

Antônio Francisco Lisboa, segundo consta, foi progressivamente afetado pela doença e se afastou da sociedade, relacionando-se apenas com dois escravos e ajudantes. Nos dois últimos anos de vida se viu inteiramente cego e impossibilitado de trabalhar. Morreu em algum dia de 1814 sobre um estrado em casa de sua nora, na mesma Vila Rica onde nascera.

PRINCIPAIS OBRAS DO Aleijadinho

Em Ouro Preto

Igreja de São Francisco de Assis (risco geral, risco e esculturas da portada, risco da tribuna do altar-mor e dos altares laterais, esculturas dos púlpitos, do barrete, do retábulo e da capela-mor);

Igreja de Nossa Senhora do Carmo (modificações no frontispício e projeto original, esculturas da sobreporta e do lavatório da sacristia, da tarja do arco-cruzeiro, altares laterais de são João Batista e de Nossa Senhora da Piedade);

Igreja das Mercês e Perdões ou Mercês de Baixo (risco da capela-mor, imagens de roca de são Pedro Nolasco e são Raimundo Nonato);

Igreja São Francisco de Paula (imagem do padroeiro);

Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias (quatro suportes de essa);

Igreja de São José (risco da capela-mor, da torre e do retábulo);

Igreja de Nosso Senhor Bom Jesus de Matosinhos ou de São Miguel e Almas (estátua de são Miguel Arcanjo e demais esculturas no frontispício);

Igreja de Nossa Senhora do Rosário (imagem de santa Helena); e as imagens de são Jorge, de Nossa Senhora, de Cristo na coluna e quatro figuras de presépio hoje no Museu da Inconfidência.

Em Congonhas

Igreja matriz (risco e escultura da sobreporta, risco do coro, imagem de são Joaquim).

Em Mariana

chafariz da Samaritana.

Em Sabará

Igreja de Nossa Senhora do Carmo (risco do frontispício, ornatos da porta e da empena, dois púlpitos, dois atlantes do coro, imagens de são Simão Stock e de são João da Cruz).

Em São João del-Rei

Igreja de São Francisco de Assis (risco geral, esculturas da portada, risco do retábulo da capela-mor, altares colaterais, imagens de são João Evangelista);

Igreja de Nossa Senhora do Carmo (risco original frontispício e execução da maioria das esculturas da portada).

Em Tiradentes

Matriz de Santo Antônio (risco do frontispício).


Fonte: www.cidadeshistoricas.art.br

 
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