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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Giuseppe Garibaldi


Giuseppe Garibaldi (1807-1882)

Giuseppe GaribaldiPolítico e militar revolucionário italiano nascido em Nice(4/7/1807), na época pertencente à Itália, em uma família de pescadores. Começa trabalhando como marinheiro e, entre 1833 e 1834, serve na Marinha do rei do Piemonte. Ali, sofre influências de Giuseppe Mazzini, líder do Risorgimento, movimento nacionalista de unificação da Itália, na época dividida em vários Estados absolutistas.

Em 1834 lidera uma conspiração em Gênova, com o apoio de Mazzini. Derrotado, é obrigado a exilar-se em Marselha (1834), de lá partiu para o Rio de Janeiro, chegando (1835) e, em 1836, para o Rio Grande do Sul, onde luta ao lado dos farroupilhas na Revolta dos Farrapos e se torna mestre em guerrilha.

Três anos depois, vai para Santa Catarina auxiliar os farroupilhas a conquistar Laguna. Lá conhece Ana Maria Ribeiro da Silva, conhecida como Anita Garibaldi, que deixa o marido para segui-lo.Anita destacou-se por sua bravura participando ao lado dele das campanhas no Brasil, no Uruguai e na Europa.

Dirigiu as defesas de Montevidéu (1841) contra as incursões de Oribe, ex-presidente da República, então a serviço de Rosas, o ditador da Argentina. Voltou à Itália (1847) e integrou-se às tropas do papa e do rei Carlos Alberto. Regressou à Itália (1848) para lutar pela independência de seu país contra os austríacos.

Derrotado, perseguido e preso, perdeu também a companheira Anita (1849), morta em batalha. Refugiou-se por cinco anos nos Estados Unidos e depois no Peru, até voltar à Europa (1854). Numa nova guerra contra a Áustria (1859), assumiu o posto de major-general e dirigiu a campanha que terminou com a anexação da Lombardia pelo Piemonte.

Comandou célebres camisas vermelhas (1860-1861) que utilizando táticas de guerrilha aprendidas na América do Sul, conquistou a Sicília e depois o reino de Nápoles, até então sob o domínio dos Bourbons. Conquistou ainda a Umbria e Marcas e no reino sulista das Duas Sicílias, porém renunciou aos territórios conquistados, cedendo-os ao rei de Piemonte, Vítor Emanuel II.

Liderou uma nova expedição contra as forças austríacas (1862) e depois dirigiu suas tropas contra os Estados Pontifícios, convencido de que Roma deveria ser a capital do recém-criado estado italiano. Na batalha de Aspromonte foi ferido e aprisionado, mas logo libertado. Participou depois da expedição para a anexação de Veneza. Em sua última campanha, lutou ao lado dos franceses (1870-1871), na guerra franco-prussiana.

Participou da batalha de Nuits-Saint-Georges e da libertação de Dijon. Por seus méritos militares foi eleito membro da Assembléia Nacional da França em Bordéus, mas voltou para a Itália elegeu-se deputado no Parlamento italiano em 1874 e recebe uma pensão vitalícia pelos serviços prestados à nação. Morre em Capri em 2 de junho de 1882.


Fonte: http://www.e-biografias.net

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alberto Santos Dumont

Alberto Santos-Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873 no sítio Cabangu, no local que viria a ser o município de Palmira (hoje rebatizado em honra a ele), então um distrito de Barbacena, em Minas Gerais. Filho de Henrique Dumont, de ascendência francesa e engenheiro de obras públicas, e de Francisca Santos-Dumont, filha de uma tradicional família portuguesa.

Com Alberto ainda pequeno a família se mudou para Valença (atual município de Rio das Flores) e passou a se dedicar ao café. Em seguida seu pai comprou a Fazenda Andreúva a cerca de 20 km de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ali, o pai de Alberto logo percebeu o fascínio do filho pelas máquinas da fazenda e direcionou os estudos do rapaz para a mecânica, a física, a química e a eletricidade.

Em 1891, Alberto, então com 18 anos e emancipado, foi para a França completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar. Ao chegar em Paris, admirou-se com os motores de combustão que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis e comprou um para si. Logo Santos-Dumont estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis em Paris.

Com a morte do pai, um ano depois, o jovem Santos-Dumont sofreu um grande abalo emocional, mas continuou os estudos na Cidade-Luz. Em 1897 fez seu primeiro vôo num balão alugado. Um ano depois, subia ao céu no balão Brasil, construído por ele. Mas procurava a solução para o problema da dirigibilidade e propulsão dos balões. Projetou então o seu número 1, com forma de charuto, com hidrogênio e motor a gasolina.

Primeiro vôo


No dia 20 de setembro de 1898 realizou o primeiro vôo de um balão com propulsão própria.
No ano seguinte voou com os dirigíveis número 2 e número 3. O sucesso de Santos-Dumont chamou a atenção do milionário Henry Deutsch de la Muerte que no dia 24 de março de 1900 ofereceu um prêmio de cem mil francos a quem partisse de Saint Cloud, contornasse a torre Eiffel e retornasse ao ponto de partida em 30 minutos.

Santos-Dumont fez experiências com os números 4 e 5. Em 19 de outubro de 1901 cruzou a linha de chegada com o número 6, mas houve uma polêmica graças a um atraso de 29 segundos. Em 4 de novembro o Aeroclube da França declarou-o vencedor. Além do Prêmio Deutsch recebeu do presidente Campos Salles outro prêmio no mesmo valor e uma medalha de ouro.

Em 1902 o príncipe de Mônaco, Alberto 1º, ofereceu um hangar para ele fazer suas experiências no principado. Santos-Dumont continuou construindo seus dirigíveis. O numero 11 foi um bimotor com asas e o numero 12 parecia um helicóptero. Em 1906 foi instituída a Taça Archdeacon para um vôo mínimo de 25 metros com um aparelho mais pesado que o ar, com propulsão própria. O Aeroclube da França lançou o desafio para um vôo de 100 metros.

Com Edison e Roosevelt


Em abril de 1902 Santos Dumont viajou para os Estados Unidos onde visitou os laboratórios de Thomas Edison e foi recebido pelo presidente Theodore Roosevelt. Em 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, o 14-Bis voou por uma distância de 60 metros, a três metros de altura e conquistou a Taça Archdeacon. Uma multidão de testemunhas assistiu a proeza e no dia seguinte toda a imprensa louvou o fato histórico. O dinheiro do prêmio foi distribuído para seus operários e os pobres de Paris, como era o costume do inventor.

Em 12 de novembro de 1906, na quarta tentativa, conseguiu realizar um vôo de 220 metros, estabelecendo o primeiro recorde de distância e ganhando o Prêmio Aeroclube. Santos-Dumont não ficou satisfeito com os números 15 a 18 e construiu a série 19 a 22, de tamanho menor, chamadas Demoiselles.

Santos-Dumont recebeu diversas homenagens na Europa e nas Américas, em especial no Brasil, onde foi recebido com euforia. Como o brasileiro não patenteava suas invenções, seus projetos foram aperfeiçoados por outros como Voisin, Leon Delagrange, Blériot, Flarman.

Em 1909 ocorreram dois grandes eventos: a Semaine de Champagne, em Reims, o primeiro encontro aeronáutico do mundo e o desafio da travessia do Canal da Mancha. Nesse ano Santos-Dumont obteve o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França. Em 25 de julho de 1909, Blériot atravessou o canal da Mancha e foi parabenizado por carta pelo brasileiro.

Primeira Guerra Mundial


Cansado e com a saúde abalada, Santos-Dumont realizou seu último vôo em 18 de setembro de 1909. Depois fechou sua oficina e em 1910 retirou-se do convívio social. Em agosto de 1914, a França foi invadida pelas tropas alemãs. Era o início da Primeira Guerra Mundial. Aeroplanos começaram a ser usados na guerra e Santos Dumont amargurou-se ao ver sua invenção ser usada com finalidades bélicas.

Passou a se dedicar ao estudo da astronomia, residindo em Trouville, perto do mar. Em 1915, com a piora na sua saúde, decidiu retornar ao Brasil. No mesmo ano, participou do 11º Congresso Científico Panamericano nos Estados Unidos, tratando do tema da utilização do avião como forma de facilitar o relacionamento entre os países.

Já sofrendo com a depressão, encontrou refúgio em Petrópolis, onde projetou e construiu seu chalé "A Encantada": uma casa com diversas criações próprias, como um chuveiro de água quente e uma escada onde só se pode pisar primeiro com o pé direito. Permaneceu lá até 1922, quando visitou os amigos na França. Passou a se dividir entre Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis e Fazenda Cabangu, MG.

Em 1922, condecorou Anésia Pinheiro Machado, que durante as comemorações do centenário da independência do Brasil, fizera o percurso Rio de Janeiro-São Paulo num avião. Em janeiro de 1926, apelou à Liga das Nações para que se impedisse a utilização de aviões como armas de guerra. No mesmo ano, inventou um motor portátil para esquiadores, que facilitava a subida nas montanhas. Internou-se no sanatório Valmont-sur-Territet, na Suíça.

Em maio de 1927, chegou a ser convidado pelo Aeroclube da França para presidir o banquete em homenagem a Charles Lindberg, pela travessia do Atlântico, mas declinou do convite devido a seu estado de saúde. Passou algum tempo em convalescença em Glion, na Suíça e depois retornou à França.

Em 1928 veio ao Brasil no navio Capitão Arcona. A cidade do Rio de Janeiro tinha se preparado para recebê-lo festivamente. Mas o hidroavião que ia fazer a recepção, sobrevoando o navio onde estava, da empresa Condor Syndikat, e que fora batizado com seu nome, sofreu um acidente, sem sobreviventes. Abatido, Santos-Dumont retornou a Paris.

Legião de Honra

Em junho de 1930 foi condecorado com o título de Grande Oficial da Legião de Honra da França. Em 1931, esteve internado em casas de saúde em Biarritz, e em Ortez no sul da França. Antônio Prado Júnior, ex-prefeito do Rio de Janeiro, encontrou Santos-Dumont doente na França, o que o levou a entrar em contato com a família e a pedir ao sobrinho Jorge Dumont Villares que fosse buscar o tio.

De volta ao Brasil, passam por Araxá, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e finalmente no Guarujá, onde se instalou no Hotel La Plage, em maio de 1932. Antes, em junho de 1931 tinha sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

Em 1932, explodiu a Revolução Constitucionalista, quando o Estado de São Paulo se levantou contra o governo de Getúlio Vargas. Isso incomodava a Santos-Dumont, que lançou apelos para que não houvesse uma guerra civil. Mas aviões atacaram o campo de Marte, em São Paulo, no dia 23 de julho. Possivelmente esse fato pode ter piorado a angústia de Santos Dumont, que nesse dia, aproveitando-se da ausência de seu sobrinho, suicidou-se, aos 59 anos de idade, sem deixar descendentes.

Fonte: http://educacao.uol.com.br


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mario Quintana

Mario Quintana nasceu em Alegrete (RS) em 30 de julho de 1906. Escreveu sobre as coisas simples da vida, porém buscando sempre a perfeição técnica.

Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer.

Viveu na cidade natal até os 13 anos de idade. Em 1919, mudou-se para a cidade de Porto Alegre, onde foi estudar no Colégio Militar. Foi nesta instituição de ensino que começou a escrever seus primeiros textos literários.

Já na fase adulta, Mario Quintana foi trabalhar na Editora Globo. Começou a atuar na tradução de obras literárias. Durante sua vida traduziu mais de cem obras da literatura mundial. Entre as mais importantes, traduziu “Em busca do tempo perdido” de Marcel Proust e “Mrs. Dalloway” de Virgínia Woolf.

Com 34 anos de idade lançou-se no mundo da poesia. Em 1940, publicou seu primeiro livro com temática infantil: “A rua dos cataventos”. Volta a publicar um novo livro somente em 1946 com a obra “Canções”. Dois anos mais tarde lança “Sapato Florido”. Porém, somente em 1966 sua obra ganha reconhecimento nacional. Neste ano, Mario Quintana ganha o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira dos Escritores, pela obra “Antologia Poética”. Neste mesmo ano foi homenageado pela Academia Brasileira de Letras.

Ainda em vida recebeu outra homenagem em Porto Alegre. No centro velho da capital gaúcha é montado, no prédio do antigo Hotel Majestic, um centro cultural com o nome de Casa de Cultura Mario Quintana.

Faleceu na capital gaúcha no dia 5 de maio de 1994, deixando um herança de grande valor em obras literárias.

Principais obras de Mario Quintana:

Poesias

A Rua dos Cataventos,1940
Canções,1946
Sapato florido,1948
O aprendiz de feiticeiro,1950
Espelho mágico,1951
Poesias,1962
Quintanares,1976
A vaca e o hipogrifo, 1977
Esconderijos do tempo,1980
Baú de espantos,1986
Preparativos de viagem,1987
Da preguiça como método de trabalho, 1987
Porta giratória,1988
A cor do invisível, 1989
Velório sem defunto,1990
Água, 2001

Literatura Infantil

O batalhão das letras, 1948
Pé de pilão,1968
Lili inventa o mundo,1983
Nariz de vidro,1984
O sapo amarelo,1984
Sapato furado, 1994

Antologias

Antologia poética, 1966
Prosa & verso, 1978
Na volta da esquina,1979
Nova antologia poética,1981
Literatura comentada,1982
Primavera cruza o rio,1985
80 anos de poesia,1986
Ora bolas, 1994

Fonte: http://www.suapesquisa.com


Mário Quintana por ele mesmo: Revista Isto é (14/11/84)


"Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Crieo que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora podem-me qu e me fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confisão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! Mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas...Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a eternidade. Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão complexo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton!


Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou taõ orgulhoso qu acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, instrospectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros? Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da forma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado, o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras."



 
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